sexta-feira, 1 de julho de 2011

Autora - Clarice Lispector

- Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.


-Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.


-Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.


-Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.


-Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
(A Hora da Estrela)

-Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
(Perto do Coração Selvagem)

-erei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.
(A paixão segundo G.H)

-Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

-O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.

-Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.


-O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?


-Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.


-E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar.

-Sinto a falta dele
como se me faltasse um dente na frente:
excrucitante

Nenhum comentário:

Postar um comentário